Instituições financeiras passaram a cobrar mais pelo uso do cheque especial e do empréstimo pessoal entre janeiro e fevereiro, segundo Procon
O custo do cheque especial pode variar até 72% entre os bancos, considerando a taxa média praticada em fevereiro. De acordo com pesquisa da Fundação Procon de São Paulo, apurada junto aos principais bancos de varejo do país, no segundo mês do ano, a taxa média do cheque especial apresentou acréscimo de 0,16 ponto percentual na comparação com janeiro, enquanto o juro do empréstimo pessoal ficou 0,05 p.p. mais alto.
Modalidade de crédito pré-aprovado mais utilizada pelos brasileiros, o cheque especial teve sua taxa média alterada de 9,13%, praticados em janeiro, para 9,29% em fevereiro. Neste caso, cinco bancos elevaram suas taxas: Bradesco (de 8,45% para 8,79% ao mês), Santander (de 9,66% para 9,96%), HSBC ( de 9,55% para 9,80%), Banco do Brasil ( de 8,05% para 8,15%) e Itaú ( de 8,75% para 8,85%). Considerando a taxa mais baixa, da Caixa, e a mais alta, do Banco Safra, a variação é de 72% ou de 5,15 pontos percentuais.
No caso do empréstimo pessoal, o juro médio passou de 5,34% para 5,39% mensais. Itaú e Bradesco são apontados como responsáveis pelo acréscimo, já que subiram a taxa da modalidade de crédito pessoal de 6,02% para 6,30% mensais e de 6% para 6,04%, respectivamente.
Como explicar a diferença entre as taxas, se as duas modalidades de empréstimo são oferecidas pelo mesmo banco? O cheque especial é um crédito automático, concedido antecipadamente para o cliente. Ou seja, ele é prático e rápido, e essas características têm preço – alto – para o consumidor.
O empréstimo pessoal não é tão automático assim: em alguns casos o cliente já tem limites pré-aprovados, mas em outros a concessão do financiamento passa pela aprovação do gerente. Isso torna o processo mais seguro para o banco, e essa segurança vale dinheiro para o banco – que cobra juros menores.
Qual o melhor? O cheque especial serve para emergências, como faltas esporádicas de caixa ou atrasos de pagamento. “Não se usa o cheque especial por longos períodos, assim como não se vai de táxi de São Paulo a Porto Alegre”, diz o consultor financeiro Fábio Colombo.
Se a necessidade de caixa que parecia esporádica mostrar-se prolongada, a recomendação dos especialistas é contratar um empéstimo pessoal com o banco e, com ele, cobrir o buraco do cheque especial.
A diferença compensa: supondo-se que um banco cobre as taxas médias de 8,93% ao mês no cheque especial e 5,17% ao mês no empréstimo pessoal, quem financiar R$ 20 000 por um ano vai deixar de pagar R$ 19 200 em juros. No cheque especial, essa dívida após 12 meses seria de R$ 55 820. No empréstimo pessoal, de R$ 36 620. Bastante alto, mas bem menos.
Fonte:
http://www.jornalcash.com.br/?p=2324 c/c
http://colunistas.ig.com.br/seudinheiro/2010/02/11/cheque-especial-e-emprestimo-pessoal-como-escolher/