Faço essa homenagem para alguém singular: minha mana Elisana da Cunha, ou, a Zaninha. Para mim que acompanhei o seu desenvolvimento até a sua adolescência, sempre será a Zaninha! Faço a ela a minha deferência, sobretudo por sua integridade, sensibilidade, simplicidade, bom senso, inteligência e temor ao Senhor. Tudo isso conjugado com muito talento. Desenvolveu sua capacidade intelectual cedo, isso a diferencia. Escreve muito bem, por isso, com os devidos direitos autorais, rsrsrs, transcrevo uma autobiografia dela, que por encomenda escolar e prazo de entrega escasso, muito rapidamente foi escrita, mas de maneira alguma teve prejudicada a maestria de quem escreveu. Ela, a autora, ainda não se decidiu para que curso prestará vestibular, mas, convenhamos, o Direito sentir-se-ia extremamente honrado em recepcioná-la, e o seu mano, muito mais! Vamos ao texto:
Sou Elisana da Cunha. Nasci na primavera de 1993, dia quatro de outubro. Minha mãe, dona Losane Agostinho da Cunha, é a mulher mais zelosa e dedicada aos seus que conheço. Nunca soube de um homem que seja tão correto e esforçado quanto meu pai, seu Enio Gilberto da Cunha.
Sou a filha caçula de meus pais. Tenho dois irmãos... Mais do que isso, dois amigos. Ele se chama Robson Charles da Cunha, é o mais velho dos filhos; protetor, sensato, carinhoso e encorajador. Ela se chama Losiane da Cunha Trevizani; linda, afável e sincera, possuidora de um pendor maternal. Há algum tempo, me trouxe um cunhado: Tiago Marcelo Trevizani; sujeito cortês e compreensivo, mais que um cunhado, um amigo.
Família.. o bem mais precioso, a expressão mais característica da trindade divina..Tenho coração fraco, não consigo falar sobre eles sem acelerar os batimentos cardíacos ou sem umedecer os olhos...
Ah! A Meg, não poderia deixá-la de fora... a pequena que dá um trabalho danado! Cachorrinha querida e dengosa; companheira em muitos momentos, principalmente nas refeições.
Antes mesmo de frequentar a escola, fui alfabetizada por minha irmã. Meus olhos se abriram para um mundo que estava oculto, mesmo que diante de mim. Lembro do dia em que saímos para passear pela primeira vez após minha alfabetização.. “Quanta coisa que antes eu não enxergava!” Quanta informação nova.. Um mundo novo! Mas a impressão que eu tinha era que aquele Fusca verde-abacate, modelo dos anos 80, andava rápido demais para que eu pudesse decifrar aquela imensidão de placas e letreiros que não paravam de surgir em minha volta.
Hoje observo uma criança olhando pela janela do ônibus, quanta coisa ela vê! Tantas observações... E então paro para considerar: Quantas coisas deixei de ver e de perceber por viver em uma cidade tão carregada de informações? Por ter me habituado a procurar sempre pelos símbolos que aprendi a interpretar? A vida urbana esconde muita coisa simples e bela.
Gosto de pessoas. Gosto dos diferentes jeitos que elas acham para resolver os mesmos problemas, para enfrentar as mesmas adversidades. Dos modos tão particulares que expressam seus sentimentos. Cada uma com sua singularidade, diferentes realidades, mas tão semelhantes na essência de ser...
Para mim, os idosos são a mais forte representação da vida. As crianças são a alegria e a simplicidade encarnadas.
Sou uma admiradora do céu, apaixonada pelo Supremo Artista, que a cada dia me fascina com uma nova e bela pintura. Sou cheia de defeitos, experimento conflitos e tenho crises existenciais. Gosto de boas histórias e de uma boa gargalhada. Não dispenso cafés, padarias, boa música, bom livro e um bom-dia com sorriso.
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